Startup criada por egresso permite maior sustentabilidade e legitimidade nas aplicações de agrotóxicos

Versão para impressãoEnviar por email
Divulgação
Editoria: 

A agtech AGSAFE foi idealizada em 2020 por Maicon Romera, durante sua participação no MBA em Agronegócios da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(Esalq/USP). Com a premissa de identificar riscos ambientais e sociais causados pela aplicação irregular de agrotóxicos, a tecnologia AGSAFE utiliza softwares com inteligência artificial (IA)que identificam aplicações de agrotóxicos próximas aos cultivos sensíveis e comunicam o produtor rural sobre os riscos ambientais. “Na prática, o agricultor é alertado caso no entorno da aplicação tenha uma moradia isolada, um apiário ou até mesmo um cultivo sensível como amoreira, uvas, hortaliças e orgânicos”, explica Romera.

Segundo o empreendedor, o ano de 2020 foi marcado por muitas ocorrências relacionadas à deriva de agrotóxicos em regiões diversas do país. “Foram relatados pela mídia nacional, prejuízos a cadeia agrícola do bicho-da-seda, vinicultura, cultivo orgânico, apicultura e até mesmo em regiões agrícolas com moradias isoladas”. 

A partir desse pressuposto ele iniciou uma pesquisa para entender o que de fato estava ocorrendo. “Por estar ligado a cadeia do agronegócio há bastante tempo, inclusive atuando de forma a entender e estabelecer a rastreabilidade em boa parte dos projetos que esteve envolvido, decidi ir a campo e levantar pontos reais relativos aos produtores rurais que contabilizaram prejuízos advindos da aplicação irregular de agrotóxicos”. 

 “Não tem como conhecer a realidade sem estar inserido nela, temos que bater de porta em porta e ouvir tudo que tem de ser dito, e a partir disso ponderar ou julgar aquilo que na maioria das vezes vem de longe cheio de ruído, distorcido, exagerado ou omitido. Visualizar de perto o impacto sofrido foi fundamental para desenvolvimento e implementação da tecnologia AGSAFE”, destaca Maicon Romera. 

Buscando proporcionar um cenário “seguro”, que permita ao produtor rural utilizar sua plantação, sem gerar danos as propriedades vizinhas, as soluções tecnológicas da startup estão alinhadas com 10 dos 17 objetivos para desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), e já foram apresentadas para entes governamentais, empresas privadas e até mesmo para organizações internacionais. 

Texto: Gabriel Perin Estagiário de Comunicação/Revisão: Caio Albuquerque Mtb 30356,23 /11/2021 

Palavra chave: 
Startup,sustentabilidade,legitimidade,agrotóxicos